Esta semana revivi a época da faculdade mostrando algumas fotos a uma amiga que conheci há pouco tempo. Fotos realizadas em sala de aula, no pátio da Universidade, com os amigos da classe.
Ela me perguntou o que eu sentia em relação àquela época. Olhei bem as fotos e confesso que, apesar de lembrar das emoções daqueles momentos, não posso dizer que sinto falta nem vontade de repetir o que passou.
Perguntei o motivo daquela curiosidade. Ela me disse que sempre acha, quando olha fotos do passado, que ela sempre está melhor atualmente e queria saber se acontecia o mesmo comigo.
Olhei de novo para as fotos e lembrei de como eu costumava ser. Nem melhor nem pior, apenas diferente.
Minhas roupas preferidas eram um macacão jeans e uma calça larga, tipo skatista. Minha preocupação era o conforto, não a moda.
Naquele tempo, era mais difícil pentear a cabeleira. Eu tinha mais cabelo e eram enrolados. Tão enrolados quanto eu...
Minha postura refletia a insegurança que eu sentia em relação a tudo.
E, como não poderia deixar de mencionar, eu era mais magra. E não precisava de esforço para me manter na casa dos 50 e poucos quilos.
As preocupações eram outras. Hoje, parecem bobas, mas foram intensas naquele tempo.
O me fazia chorar no passado é motivo de risada atualmente. O que me comove hoje jamais me abalou quando eu tinha 20 anos.
Olhar para trás é interessante para ver o quanto avançamos em relação à maturidade emocional, o quanto aprendemos com as experiências que vivenciamos.
Cada época, com suas alegrias e dramas, apresenta desafios que devemos superar constantemente.
Ficar lamentando o quanto algumas coisas eram mais fáceis ou mais legais ou quantas oportunidades perdemos quando éramos mais jovens é sofrer duas ou mais vezes.
Todos nós temos uma história de crescimento com episódios dignos de novela ou filme. A forma como nós olhamos nossa história é o que a torna interessante.
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