domingo, 26 de dezembro de 2010

COMO VAI A SUA FÉ?

Eu nunca fui muito ligada a religiões e confesso que fico um pouco entediada quando as pessoas começam a justificar todos os acontecimentos de sua vida a algo que é interpretado de diferentes maneiras pela humanidade. 
Argumentar que as coisas acontecem porque “deus” quis assim é, para mim, uma maneira muito simplista de se eximir da responsabilidade por fazer acontecer algumas coisas que só dependem de nós.  Da mesma forma, considerar que a “fé”, por si só, dá conta do recado também é jogar a responsabilidade ao acaso.
E por falar em fé, uma coisa que me intriga é a fé que muitas pessoas dizem sentir com o sentido de confiar: tenho fé que tal coisa vai acontecer (em poucas palavras, confio que isso vai dar certo).
Nada contra quem pensa assim, mas será que apenas ter uma forte convicção sobre algo é suficiente para dar conta do recado? A fé remove montanhas ou ela dá uma forcinha pra que a gente mesmo consiga remover?
Se puder escolher, fico com a segunda opção...
Muitas pessoas, no entanto, gastam muita energia pensando (e, principalmente, falando) em algo que gostariam que acontecesse.  Elas têm fé que as coisas vão dar certo, mas não estão dispostas a colocar a mão na massa para que seus objetivos se concretizem. Limitadas às suas convicções, encontram desculpas para tudo e justificam que o que acontece é o melhor que o acaso pode fazer. Esquecem que a “fé” nada mais é do que a motivação interna, um sentimento que guia as pessoas para atingir seus objetivos, que desperta o desejo de melhorar sempre e, sobretudo, que nos faz ter orgulho de nossas realizações.
Recentemente, li um livro, escrito por Jacob Pétry, jornalista e filósofo brasileiro radicado nos Estados Unidos, chamado “O óbvio que ignoramos”. O livro mostra o que diferencia as pessoas que apresentam resultados extraordinários dos simples mortais.  No início, pensei que se tratava de mais um livro de autoajuda (aqueles que costumamos devorar quando estamos passando por alguma crise pessoal ou profissional, mas que logo deixamos de lado quando as coisas se acalmam). No decorrer da leitura, entendi que ele estava mostrando o padrão de atitudes das pessoas que têm êxito em suas vidas. 
Vocês podem ter certeza, essas pessoas não conseguiram o que possuem apenas com a força do pensamento. Na longa jornada para o sucesso, rolou muito suor, dedicação, privação de alguns prazeres, mas, sobretudo, confiança de que tudo daria certo porque deram o melhor de si.
Para mim, fé é isso. Simples assim...

QUE EM 2011, VOCÊ VEJA QUE "FÉ SEM AÇÃO É DESPERDÍCIO DE ENERGIA" E ENTENDA QUE ENERGIA É UM RECURSO MUITO PRECIOSO PARA SER DESPERDIÇADO!

FELIZ ANO NOVO PARA TODOS NÓS!

15 comentários:

Unknown disse...

Concordo plenamente com você, Karina. Inevitável postar no facebook (risos). Um Beijo, Ana.

Diego Rodrigues Alves disse...

Penso de maneira muito semelhante a sua porém, acredito que o termo fé que as pessoas utilizam, de maneira quase cega e às vezes hipócrita, é uma maneira de encontrar a energia ou subterfúgio para a busca concreta.

Obviamente que, na maioria das situações, falhamos em mantê-la apenas no sentimento e não na ação.

Separei um pequeno ``pedaço`` de um texto daquele que é considerando o maior físico dos últimos anos, o maior cientista do século XX e um grande pensador à respeito da paz entre os povos e o final das guerras entre as nações e, mesmo sendo considerado extremamente cético por alguns, até para definir credo e religião, foi fantástico.

Gostei bastante do seu ponto de vista.

Um grande abraço e até mais!!


“A mais bela e profunda emoção que se pode experimentar é a sensação do místico. Este é o semeador da verdadeira ciência. Aquele a quem seja estranha tal sensação, aquele que não mais possa devanear e ser empolgado pelo encantamento, não passa, em verdade, de um morto.

Saber que realmente existe aquilo que é impenetrável a nós, e que se manifesta como a mais alta das sabedorias e a mais radiosa das belezas, que as nossas faculdades embotadas só podem entender em suas formas mais primitivas, esse conhecimento, esse sentimento está no centro mesmo da verdadeira religiosidade.
A experiência cósmica religiosa é a mais forte e a mais nobre fonte de pesquisa científica.
Minha religião consiste em humilde admiração do espírito superior e ilimitado que se revela nos menores detalhes que podemos perceber em nossos espíritos frágeis e incertos. Essa convicção, profundamente emocional na presença de um poder racionalmente superior, que se revela no incompreensível universo, é a idéia que faço de Deus.”


ALBERT EINSTEIN (1879-1955)

Karina Lapido disse...

Oi Diego,
Einstein é, para mim, um ótimo exemplo de que não basta apenas falar que tem Fé, é imprescindível colocá-la em prática. Todas as conquistas de Einstein foram fruto de tentativas e erros, de perseverança, disciplina, mas, sobretudo, de sua convicção de que eram possíveis ser realizadas. Obrigada por me enviar esse exemplo e espero sempre contar com seus comentários. Abraço!!

Unknown disse...

Ka... amei a sua reflexão sobre fé. Realmente o verdadeiro sentido da fé é fazer com que as pessoas sigam em frente e busquem realizar seus sonhos. A fé não é um sentimento dos comoditas, é um sentimento dos otimistas, que buscam nela a força necessária para seguir em frente. Ter fé não é apenas no sentido religioso, é acreditar nas pessoas e nas atitudes.
Um bjo
Cássia

Karina Lapido disse...

Oi Cássia,
Adorei sua participação. Espero ter seus comentários sempre. Agora, só falta me seguir, rs! Beijos, Ká

Lucimara Fernandes disse...

Oi Ká, muito bom este texto!
Concordo com você que fé sem ação, não nos leva a lugar algum! Afinal, acredito numa fé racionalizada, não imposta e simplesmente aceita pelas convenções. Acredito na Lei de Ação e Reação, mas que também somos resultados daquilo que pensamos e cremos. Ter valores e princípios bem definidos nos ajuda a seguir em frente com fé e confiança!
A Lei da Atração e a força do pensamento positivo somadas as nossas ações, atitudes e a nossa fé são o melhor caminho para nos levar aos nossos objetivos! Só basta acreditar!
Parabéns pelo texto!
Bjs

Karina Lapido disse...

Lu... esse livro, O obvio que ignoramos, aborda de uma forma muito interessante a Lei da Atração. Entre outras coisas, ele fala do quanto a imagem que nós temos de nós mesmos pode interferir nas nossas realizações. Essa imagem é fruto das nossas experiências passadas, dos nossos sucessos e fracassos. Em resumo, ele diz que de nada adianta repetir que as coisas vão dar certo, visualizar tudo dando certo se não mudamos nossas convicções. Vale à pena ler. Beijo, Ká

ALEXANDRE WAGNER MALOSTI disse...

Oi Karina, que delicia de texto. Fé, acreditar, sentir a verdade das coisas e de nossos desejos é fundamental, nos motiva. Eu procuro ter essa "fé" nas ações que acredito, nas coisas que estou fazendo. Minha fé é movimento. Beijos e parabéns pelo post.

Scrap by RÔ disse...

Oi Kaká....Adorei o texto, sabe que eu também nunca fui muito ligada á religião, e vivo escutando que não tenho fé nisso, não tenho fé naquilo,me acham pessimista demais...Não concordo, eu sou realista, não fico esperando a "fé" me ajudar....rsrs como o Alexandre citou eu tbm tenho fé nas açoes que acredito e no que faço. Estou adorando seus comentários...beijokas e Sucesso!

Karina Lapido disse...

Oi Alê e Rô,
É bom saber que não sou a única a pensar por esse lado. Ter fé nas coisas que acreditamos é importante, mas ter fé em nós mesmos, acima de tudo, é fundamental. Beijos!

Anônimo disse...

Karina,
- Achei o texto espetacular, a fé só se faz presente quando temos dúvidas do resultado. E é verdade, quando está tudo bem abandonamos a fé, será que isso é só comigo ? rs.
beijos. ...na espera de outro texto que me faz refletir tanto quanto este.

Carolina C Souza disse...

A fé move o homem que move as montanhas, esta é a verdade, como você cita muito bem.
Acredito muito num Deus que nos guia através de sua luz. Nada vai cair do céu, você sempre precisa correr atrás.
Belas palavras Karina!
Se o Tangram tivesse mais peças, gostaria de participar!
Beijos
meadiciona.com/carolcsouza

Karina Lapido disse...

Oi Carol, legal que você gostou do texto e, principalmente, que postou um comentário. Para fazer o link com o quebra-cabeças Tangram, o site precisa ter apenas os sete autores fixos, mas você pode sempre participar comentando não apenas os meus textos, mas dos outros seis autores também. A partir das nossas ideias, nós queremos que milhares de outras surjam. Um abração e Feliz 2011 pra você!

Anônimo disse...

Xiita da Silva

Uma característica de todo mundo que questiona crenças alheias é o fervor religioso com que pregam suas convicções.

Em sua missão para provar que Deus não é tudo isso, desfiam sempre uma liturgia interminável de argumentos pessoais, antropológicos, científicos e políticos que, se encadernados, dariam um livro maior que a bíblia e o Alcorão juntos.

Já vi muita gente “carola”: evangélicos, católicos, judeus, esotéricos, rastafaris. Mas nunca vi uma doutrina tão pragmática como a dos ateus ou agnósticos.

Não defendo nenhuma religião em específico. Mas confesso que nas minhas tentativas de ser como você sucumbi, não tive fé suficiente para isso.

Karina Lapido disse...

Oi Cristiano,

Também não defendo nenhuma religião, nem tampouco critico quem segue qualquer uma delas. Meus comentários referem-se à atitude de usar a religião para justificar o que deu certo ou errado em sua vida, sem analisar o que poderia ter sido feito para dar uma "força" para a fé... Obrigada pela sua participação!
Espero sempre contar com seus comentários em meus textos.