sábado, 18 de fevereiro de 2012

SEM NOÇÃO

Existe uma coisa que ainda é muito complicada de ser praticada por algumas pessoas: o bom senso em determinados espaços que precisam ser compartilhados com outras pessoas.

Falar alto ao telefone ou celular utilizando o viva-voz, deixar os filhos bagunçando em locais que pedem por silêncio, estacionar o carro em locais que atrapalham o tráfego de outros veículos e até de pessoas e cortar fila são alguns dos vários exemplos que eu posso enumerar. Aliás, aviões também são ótimos exemplos da falta de bom senso das pessoas.

Espaços apertados e, muitas vezes desconfortáveis, necessitam de uma dose extra de bom senso dos passageiros, muitas vezes, raríssima de encontrar.

Tudo começa na chamada para o embarque. Mal terminou o aviso, o povão já está de pé, louco para enfrentar uma das coisas que o brasileiro mais gosta: uma boa fila. Eu sempre me perguntei: se todos vão para o mesmo lugar e os assentos são numerados, porque as pessoas insistem em ficar de pé, buscando a vantagem de chegar logo num meio de transporte que não vai sair do lugar enquanto todos os passageiros não se acomodarem?

Dentro da cabine, onde o espaço apertado pede pelo mínimo de educação para ser bem utilizado, a falta de noção é ainda maior: adolescentes que caminham pelo estreito corredor carregando a mochila nas costas (e, quando se viram, batem o trambolho na cara dos coitados que já se sentaram); pais incapazes de controlar os filhos que ficam chutando a poltrona dos outros; gente que, ao se levantar, gruda no encosto do passageiro da frente quase matando o coitado de susto com o tranco; sem falar naqueles que insistem em levantar bem na hora que os comissários de bordo estão passando pelo corredor com o carrinho de alimentação (esses dias, vi uma mulher fazer isso para tirar fotos...).

E na hora que o avião pousa então? Parece que todo mundo fica surdo. A orientação para esperar a aeronave parar antes de desafivelar o cinto é inútil, assim como o aviso para manter o celular desligado até chegar na sala de desembarque. Mas os "sem noção" não estão nem aí. Soltam o cinto, ficam de pé, ligam o celular, abrem o compartimento de bagagem de mão...

Entendo a ansiedade para chegar logo, principalmente depois de uma longa viagem, mas fico pensando na paciência que a tripulação tem que exercitar a cada voo para aguentar tanta gente sem noção assim.

Um comentário:

Marli disse...

Oi Karina,

Realmente os comissários precisam de muita paciência para aguentar os "sem noção". Aqui onde moro, há muitos "sem noçao", por exemplo, mulheres podem passar na frente de homens em filas. Muitos dos homens, nas filas de banco ou casas de câmbio, trabalham o dia todo e muitas vezes no sol, enquanto a maioria das mulheres não trabalham (quase todo mundo tem empregada aqui), mas elas não tem o mínimo de noçao quando passam na frente dos outros. O caso da mochila é também típico.