Eu sempre quis ser independente.
Quando era criança, cansei de ver meu pai dizer que tudo o que tínhamos em casa, inclusive a casa, era dele e que, por isso, era ele quem decidia o que poderia ou não ser feito.
Até uma certa idade, entendi que, se somos dependentes financeiramente de alguém, temos que nos sujeitar as suas regras.
Acho que meu pai não considerava vários pontos importantes quando fazia tal afirmação, como viver em família, por exemplo. É verdade que era ele quem trabalhava fora para garantir o sustento da família, mas, em contrapartida, era minha mãe quem cuidada da casa e das filhas dele. E trabalho de casa, vamos combinar, não é dos mais fáceis nem dos mais agradáveis. E o que é pior: não é remunerado.
Mas, como eu sempre acho que toda situação tem seu lado bom e ruim, o lado bom de ouvir o que meu pai dizia é que isso me incentivou a querer começar a trabalhar cedo para não ter que depender dele nem de ninguém, nem ter que ouvir o que ele costumava jogar na cada da minha mãe.
Comecei a trabalhar cedo, informalmente, para conquistar a independência que eu tanto almejava. Pelo fato de terem sido conquistados com o meu trabalho, os primeiros trocados tiveram gosto de fortuna.
A sensação de independência é deliciosa, mas traz muitas responsabilidades. É você contando só com você mesmo, principalmente na hora de pagar as contas.
Se eu tivesse que definir o maior benefício que o trabalho pode trazer para uma pessoa, seria isso: a independência.
E com ela, a sensação de que você dá conta, que é capaz de cuidar do próprio nariz e de fazer suas próprias escolhas.
Vejo muitas pessoas reclamando do seu trabalho por não terem suas expectativas atendidas. Agem como se não tivessem a opção de deixar para trás o que as deixam insatisfeitas.
Por medo de trocar o certo pelo incerto, argumentam que não conseguem arrumar coisa melhor e deixam de fazer o seu melhor para melhorar.
Escravas de seu medo, tornam-se aquele tipo de colega de trabalho que só reclama, que acha que nada está bom e que critica quem faz seu trabalho com amor e dedicação, mesmo quando as condições não estão do jeito que querem.
Culpam a empresa pelas suas frustrações sem questionar os motivos pelos quais ainda permanecem ali.
O trabalho deve ser um meio para você conquistar o que deseja, seja um bem material ou uma condição, como a independência.
Descobrir o que quer na vida é essencial para não encarar o trabalho como um sacrifício e, sim, como um meio que vai ajudá-lo a conquistar o que deseja.
A forma como você vê o seu trabalho faz toda diferença no seu comportamento no dia a dia.
Enquanto você não identifica no que o seu trabalho pode te ajudar, que tal ser grato pelo simples fato de não ser mais um na enorme fila de desempregados que buscam um emprego apenas para garantir o que comer no final do mês?
2 comentários:
Bela reflexão vai render um excelente papo. beijos
Esse me tocou mais...
É primordial saber o que quer, trabalhar para garantir a independência.
Costumo dizer: " Ninguém é obrigado a trabalhar. Se você se dipôs a isso, faça bem feito."
Os motivos que o levaram a trabalhar são os mesmos que o fazem continuar. Se não está bom... Mude, arrisque; acima de tudo, evolua!!!
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